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O deputado-presidiário Celso Jacob (PMDB-RJ), flagrado ao tentar entrar no presídio da Papuda com queijo e biscoito na cueca, desperdiçou uma rotina de mordomias que vivia na Câmara. Após o episódio, ele perdeu o direito de trabalhar de dia na Câmara e só dormir na penitenciária. E não está privado apenas da liberdade. O cardápio de seus almoços fora da cadeia, por exemplo, é (ou era) um requinte só. Agora, vai se contentar com a comida da prisão.

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A Gazeta do Povo fez um levantamento, com base na cota parlamentar paga com dinheiro público, de seus gastos com alimentação em outubro. Foram 15 refeições de almoço, todas no restaurante do Senado. 

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No cardápio, picanha ao molho de jabuticaba com ratatouille do sertão; salmão com manteiga de laranja com purê de batata baroa e brocólis; filé mignon suíno e ervas frescas com fubá de Barbacena com cachaça e rapadura (acompanhado de suco detox vermelho); costela suína com abacaxi caramelizado e batata rústica; picanha ao molho roti com batata no azeite de tomilho; frango com redução de maracujá e batata rústica; ossobuco com polenta cremosa e grenolata. 

Cada refeição varia de R$ 45 a R$ 50. Ao todo, a Câmara pagou R$ 742,40. Entre seus colegas, ninguém entendeu o gesto de Jacob em tentar entrar com biscoito e queijo na cadeia se ele passava o dia inteiro fora e podia comer o que quiser, ainda que sua saída da Papuda só podia se restringir a circular pelo Congresso Nacional. 

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"Chega a ser de uma ingenuidade atroz. Agora, perdeu o que conquistou e, pelo visto, será difícil reconquistar", disse um dos deputados do PMDB, que pediu anonimato. 

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal revogou, semana passada, o direito de Jacob frequentar a Câmara. Além do episódio da cueca, o tribunal entendeu que ele não tem direito a esse benefício. A Câmara ainda informou que não supervisiona o trabalho do deputado nas suas dependências e que entende que um presidiário não tem condições de exercer o mandato parlamentar.

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