A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, delegou ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro a apuração da suspeita de que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) cometeu crime de lavagem de dinheiro na negociação de imóveis.
O caso que envolve o filho do presidente Jair Bolsonaro já vinha sendo investigado pela Polícia Federal, mas no Ministério Público Federal houve a dúvida sobre em qual instância deveria tramitar, depois de Flávio se eleger para o Senado.
A Procuradoria-Geral da República, então, enviou à Procuradoria da República, levando em consideração a regra do Supremo que limita o foro se o suposto crime tiver sido cometido no mandato e em razão dele.
Negociações relâmpago
O que o MPF no Rio vai analisar é se as “negociações relâmpagos” de imóveis resultaram em um aumento patrimonial incompatível de Flávio, segundo as investigações da Polícia Federal.
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Os fatos são apurados também do ponto de vista eleitoral. Nesse caso, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro está fazendo a análise sobre se Flávio cometeu crime ao declarar à justiça eleitoral imóveis com valores incompatíveis com os avaliados no mercado. A PGR já havia dito que a procuradoria regional eleitoral detém a competência de analisar esse caso.
Essas apurações não estão relacionadas ao caso que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz, citado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estado em dezembro.
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