O Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força Nacional para policiamento de guarda e vigilância dentro do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a partir da próxima terça-feira (26). A autorização foi confirmada em uma portaria publicada nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da União. Os homens da Força Nacional vão atuar no presídio por seis meses.
O pedido foi feito pelo Departamento Penitenciário Nacional. O número do efetivo que vai participar da ação em Mossoró não foi informado. Quem assina a portaria é o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Pontel de Souza. O ministro Sergio Moro está em Paris para uma reunião do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo (Gafi).
Na semana passada, o chefe do PCC, conhecido como Marcola, e outros 21 integrantes da facção criminosa foram transferidos de São Paulo para presídios federais de Brasília (DF), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Oitos dos integrantes do PCC foram transferidos para Mossoró.
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Segundo o diretor do Depen, Fabiano Bordignon, o governo federal realizou um planejamento para evitar retaliações do PCC por causa das transferências. “Todo o planejamento foi feito para evitar maiores problemas e existem outras medidas, que não vamos revelar, caso aconteça alguma crise a partir dessas remoções, o que a gente espera que não aconteça”, disse Bordignon em entrevista à Gazeta do Povo, na semana passada.
De acordo com Bordignon, existem medidas que podem ser adotadas para conter eventual rebelião nos presídios em retaliação à transferência de presos do PCC.
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Brasília e Rondônia já contam com apoio da Força Nacional
A penitenciária de Brasília, que também recebeu parte dos presos do PCC, já conta com o apoio da Força Nacional desde a semana passada. O prazo para o efetivo permanecer no presídio é de 90 dias.
Na terça-feira (19), o ministro Sergio Moro também autorizou o emprego da Força Nacional em Rondônia, por 15 dias. A medida visa reforçar a segurança pública do estado, que faz fronteira com a Bolívia.
Integrantes da Justiça e do Ministério Público paulista chegaram a mostrar preocupação com a transferência de Marcola para Porto Velho, já que a região é próxima de fronteira. O chefe do PCC planejava uma fuga em massa antes de ser transferido de São Paulo.
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Segundo Bordignon, o governo federal tem a situação sob controle. “Foram informações e uma análise de inteligência que foi feito junto com o estado de São Paulo. Nós temos cinco penitenciárias federais”, disse o diretor do Depen. “Não quer dizer que ele [Marcola] vai ficar lá em Porto Velho. A inclusão se deu por Porto Velho, mas temos mais quatro unidades prisionais que podem eventualmente receber”, completou.
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