O grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) pode estar com os dias contados. A força-tarefa, que atua em casos contra autoridades com prerrogativa de foro, deve ser encerrada no dia 17 de setembro, mesma data em que termina o segundo (e último) mandato de Rodrigo Janot à frente da PGR. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (17) pela revista Época.
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A partir de setembro, caberá à nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nomeada na semana passada pelo presidente Michel Temer, decidir pela recriação (ou não) de uma nova força-tarefa. Atualmente, dez procuradores auxiliam Janot na condução dos inquéritos contra políticos em Brasília. Raquel poderá indicá-los novamente para a força-tarefa ou montar uma nova equipe com atuação exclusiva na Lava Jato. Durante a sabatina no Senado, ela prometeu aumentar a equipe dedicada à operação, “se necessário”, mas não se comprometeu diretamente com a manutenção da força-tarefa.
O procurador da força-tarefa da Lava Jato no MPF do Paraná, Athayde Ribeiro Costa, garantiu, em entrevista à Gazeta do Povo, apoio total à nova procuradora. Apesar de Raquel Dodge ter posturas distintas as de Janot, Costa não acredita em mudanças na equipe que conduz a Lava Jato em Curitiba.
“Ela já disse que não vai mexer no quadro e estamos tranquilos com isso, confiamos e acreditamos no trabalho da Raquel”, afirmou o procurador, aproveitando para negar a possibilidade de renúncia coletiva na força-tarefa paranaense após a nomeação de Raquel Dodge. “Não há movimento de renúncia, a escolha dela foi republicana”.