O político, formado em neurociência, é conhecido por ter uma postura radical em relação às drogas| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A limitação do horário de comercialização de bebidas alcoólicas poderia reduzir os níveis de violência. Essa é a proposta de Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania, revelada durante entrevista ao jornal O Globo na quinta-feira (20). O político, 68, médico com mestrado em neurociência, é conhecido por ter uma postura radical em relação às drogas. 

CARREGANDO :)

Ao veículo, o atual deputado federal citou a Islândia como um bom exemplo a ser adotado no combate às drogas, além de indicar fatores que ajudam a reduzir o alto consumo das substâncias, como “o esporte, a música e a dança”. Dessa forma, salienta o político, as pessoas estariam “permanentemente ocupadas”. 

LEIA TAMBÉM: Futuro ministro da Cidadania promete pagar 13º do Bolsa Família

Publicidade

Outra ação proposta por Terra é a redução do horário de venda deste tipo de produto em restaurantes e bares. A justifica, aponta ele, é que grande parte dos “acidentes e mortes causadas por pessoas embriagadas acontecem sempre depois da meia-noite”. 

“É uma coisa que pode se pensar”. Além disso, Terra disse já estar “conversando” com o futuro presidente a respeito do tema. "Podemos fazer junto com Moro, na Justiça", disse. 

O futuro Ministério da Cidadania concentrará as pastas de Desenvolvimento Social, Cultura e Esporte, além da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad).

Exemplo 

A limitação, de acordo com a entrevista, pode ser pontual, apenas “em lugares mais violentos”, a exemplo do que foi feito em Diadema (SP). A escolha dos locais afetados seria feita a partir de um mapeamento da violência. 

Desde 2004, é vedada a venda de bebidas alcoólicas em “bares ou similares” após as 23h em Diadema. O índice de violência do município teve queda desde o decreto.

Publicidade

Na rede social Twitter, o tema esteve entre os mais comentados na manhã desta sexta-feira (21). 

LEIA TAMBÉM: Após críticas de Le Pen e Macron, embaixador francês ironiza Bolsonaro

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]