| Foto: Estefan Radovicz/Agência O Dia

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que o ex-governador do Estado Anthony Garotinho “pode ter feito bobagem”, mas é “pobre e honesto”. Ele e a mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, foram presos nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal.

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“O Garotinho é pobre. É um cara que não tem nenhum tostão”, disse Crivella à reportagem.

“Ele pode ter feito alguma bobagem na campanha. Mas garanto que ele e a Rosinha são muito honestos e estão sendo injustiçados”, afirmou.

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O prefeito é aliado político do casal, que foi preso sob acusação de financiamento ilegal de campanhas com a ajuda de um “braço armado”.

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Para Crivella, as acusações são fruto de “perseguição política”. “Garotinho denuncia o PMDB todos os dias. É uma briga terrível. Aí as denúncias vêm”, disse.

“Duvido que ele e a Rosinha tenham saqueado o Estado. Crime é superfaturamento. O resto é injúria, calúnia e difamação”, acrescentou.

Em 2016, Garotinho pediu votos para Crivella. Depois de eleito, o prefeito nomeou a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha dos ex-governadores, como secretária de Desenvolvimento.

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Segundo Crivella, Clarissa permanecerá no cargo mesmo após a prisão dos pais. “Ela está com o coração estraçalhado, mas vai continuar firme”, disse.

Delação

Na quarta (22), a TV Globo informou que um funcionário do doleiro Alvaro Novis, delator da Lava Jato fluminense, disse ter repassado R$ 450 mil à campanha de Crivella.

O dinheiro teria sido entregue em nome da Fetranspor, a federação das empresas de ônibus.

Em nota, o prefeito disse que “a suposta acusação ocorreu porque [ele] não concedeu aumento na passagem de ônibus e apoiou a redução no preço das tarifas”.