Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, ostenta uma liderança nada lisonjeira. É lá que fica o posto de combustíveis onde é vendido o litro mais caro de gasolina do país. O valor cobrado nas bombas da cidade fluminense é de R$ 5,19. Para encher o tanque de um carro popular nesse posto, o motorista gasta pesados R$ 207,60. Por outro lado, em São Paulo, capital, é possível pagar o menor valor do país no litro da gasolina: R$ 3,49.
Se considerado o preço médio, Rio Branco, no Acre, é a capital com o preço mais caro, de R$ 4,661. Comparada à capital com média mais baixa, São Luis (MA), a diferença é de R$ 0,90. Os dados estão de acordo com a tendência regional: no Norte foi registrada a média mais cara da gasolina, de R$ 4,305. O Nordeste, por outro lado, ocupa a lanterna, com R$ 4,157.
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No caso do Norte, também aparece a maior margem média entre as regiões do país, de R$ 0,551. O dado se refere à diferença entre o preço praticado pela distribuidora e o que é cobrado nos postos para o consumidor. A menor margem média, por outro lado, é da região Sul, com R$ 0,414.
Os dados, que se referem ao período entre os dias 11 e 17 de fevereiro, são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A agência divulga, semanalmente, informações sobre o preço dos combustíveis em todo o Brasil. Na semana passada, foram consultados 5.760 postos pelo país.
Entre as refinarias e os postos, R$ 2,70
Os valores cobrados pelos postos contrastam com os preços do combustível que sai das refinarias. Os dados, que antes não eram disponibilizados, passaram a ser divulgados pela Petrobras na segunda-feira (19). No começo da semana, a média do preço do litro da gasolina, sem tributos, era de R$ 1,51. Considerando a média de preço nos postos do país, de R$ 4,21, a diferença é de R$ 2,70.
A disparidade entre as refinarias e os postos se explica, principalmente, pela carga tributária que pesa sobre a gasolina. Somados, os impostos federais e estaduais representam 45% do preço ao consumidor. Entretanto, outros custos também compõem o valor – entre eles o da distribuição e revenda (14%). É aí que entra a margem praticada pelos postos, que não necessariamente se reverte em maiores lucros para os revendedores do combustível.
Um fator que pode aumentar a margem, por exemplo, é o transporte do produto. “É natural que, em municípios que ficam longe de refinarias, a gasolina seja mais cara. O transporte, feito com caminhões, acaba encarecendo o combustível”, explica André Suriane, economista da Universidade Federal de Juiz de Fora.
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