| Foto: Nelson Almeida/AFP

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a decisão do juiz Sergio Moro de expedir mandado de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (5), reedita os tempos da ditadura militar. Para ela, Moro não esperou se esgotarem os prazos de recurso porque está “armado de rancor e ódio”.

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“Violência sem precedentes na nossa história democrática. Um juiz armado de ódio e de rancor, sem provas e com um processo sem crime, expede mandado de prisão para Lula, antes de se esgotarem os prazos de recurso. Prisão política, que reedita os tempos da ditadura”, disse por meio do Twitter.

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Moro deu prazo até esta sexta-feira (6), ao ex-presidente para ele se apresentar ‘voluntariamente’ à Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato. Em despacho desta quinta, Moro estipulou a Lula que se apresente até 17 horas.

Mais tarde, em declarações a jornalistas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde ocorrerá ato de apoio ao ex-presidente, a presidente nacional do PT manteve as críticas: “Chega a ser doentio por parte do juiz Moro não observar prazos recursais que ainda temos diante do TRF-4, sequer esperar a publicação da decisão do STF. Isso é um atentado à democracia, aos direitos do presidente Lula”, afirmou a senadora. “Moro não conseguiu mostrar provas nem o crime que Lula cometeu”, acrescentou.

Para Gleisi, a decisão de Moro é uma tentativa de impedir uma medida que pudesse suspender a pena de Lula. “É lamentável que um juiz tenha esse tipo de postura, depondo contra a democracia e a justiça brasileira. Volto a repetir: só há uma justificativa, que é a obsessão do juiz Moro em perseguir o presidente Lula”, disse.