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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo reagiu imediatamente à nova denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que envolve Michel Temer. A linha de defesa é que Janot atuou de maneira açodada e que usou de uma prova ainda sob questionamento, a gravação do empresário Joesley Batista, para atingir o presidente. O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), afirmou que a nova procuradora-geral, Raquel Dodge, que assume na próxima segunda-feira (18), deveria “pedir de volta” a denúncia.

“Há na verdade uma ânsia muito grande do procurador-geral e de sua equipe de colocar essas denúncias todas para fora agora. Agiu com açodamento. Espero que a doutora Raquel Dodge tenha bastante serenidade e peça de volta essa denúncia ao ministro Fachin e rever tudo isso. Seria de bom tom ela pedir de volta esses processos e analisar de novo”, disse Mansur.

Orientado pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que atua na defesa de Temer, Mansur afirmou que o procurador deveria aguardar o Supremo Tribunal Federal (STF) dirimir a questão de ordem do presidente. Para Mariz, a segunda denúncia não pode ser enviada à Câmara até que o tribunal julgue a validade das provas.

“O que o doutor Mariz defende é que qualquer tipo de denúncia contra o presidente, que use aquela fita gravada por Joesley na conversa com o presidente Temer, tem que ser paralisada até decisão do Supremo sobre sua validade.

“No meu entender de engenheiro, não sou jurista, é que o ministro Fachin aguarde a manifestação do tribunal sobre essas provas. Como o procurador formula uma denúncia em cima de uma prova que a própria Procuradoria está investigando. Ele deveria esperar, mas não tem mais tempo para isso, né?”, completou Mansur.

Em nota, o partido de Temer se manifestou: “o PMDB lamenta mais um ato de irresponsabilidade realizado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Toda a sociedade tem acompanhado os atos nada republicanos das montagens dessas delações. A justiça e sociedade saberão identificar as reais motivações do procurador.”

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