O governo apresentou o que acredita ser um “aliado de peso” para aprovar a reforma da Previdência: o apresentador Silvio Santos, dono do SBT.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, publicou na manhã desta segunda-feira (8) uma foto em que aparecem ele, Silvio Santos e o presidente Michel Temer.
Na postagem, no Twitter, Moreira Franco escreveu o seguinte: “O presidente Michel Temer e o Brasil ganharam mais um aliado de peso para a Reforma da Previdência: Silvio Santos!”.
O presidente @MichelTemer e o Brasil ganharam mais um aliado de peso para a Reforma da Previdência: Silvio Santos!#ReformaDaPrevidência #JuntosFazemos #AgoraéAvançar pic.twitter.com/WA3Pbl0OpD
— Moreira Franco (@MoreiraFranco) 8 de janeiro de 2018
Segundo a coluna “Painel”, da “Folha de S.Paulo”, Temer acertou no domingo (7), em almoço na casa do apresentador, suas participações nos programas de Silvio Santos e do Ratinho, para explicar a proposta de reforma da Previdência. Ambas serão gravadas no dia 18.
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Durante o almoço, o dono do SBT disse que não entende o que será votado: “Quero que você vá lá e me explique. Se eu entender, o povo entende”. Também participaram do almoço o ministro Moreira Franco e o deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro do apresentador.
Os governistas terão trabalho para reverter a imagem negativa da reforma. Pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo revela que 66% dos brasileiros são contra a mudança nas regras de aposentadoria. E 62,5% afirmam que ela é desnecessária.
A mesma coluna afirma, citando dirigentes da base aliada, que, apesar dos esforços do Planalto, faltam 30 votos “que o governo não tem de onde tirar” para aprovar a reforma.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda a legislação da Previdência precisa da aprovação de três quintos da Câmara, em dois turnos. São necessários, portanto, os votos de 308 dos 513 deputados.
Caso passe pela Câmara, a PEC será encaminhada ao Senado, onde também precisa ser aprovada em dois turnos, com votos de três quintos dos senadores – 49 de um total de 81.
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