O governo de Minas Gerais associou nesta terça-feira (5) os ataques a ônibus e prédios públicos no estado a uma reação a bloqueadores de celular em presídios e a um suposto rigor do sistema prisional. Quarenta e sete pessoas foram presas ou apreendidas suspeitas de participação nas ações. O governador do estado, Fernando Pimentel (PT), disse, ainda, que tem a confirmação de que os ataques são ordenados por “uma facção criminosa”, sem citar qual seria.
Segundo o secretário de Estado de Administração Prisional (Seap), Sérgio Menezes, há informações de que presos da penitenciária de Patrocínio, no Alto Paranaíba, estariam insatisfeitos por haver bloqueadores de celular no local.
Ainda de acordo com Menezes, existe a possibilidade de remanejamento de presos, que seriam ligados à facção criminosa responsável pelos ataques. Nesta terça-feira, uma reportagem do Estadão mostrou que os ataques contra ônibus em Minas Gerais foram ordenados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
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26 municípios atingidos e mais de 50 ônibus queimados
Desde o último domingo, 26 municípios de Minas registraram ataques, conforme dados da Polícia Militar. Mais de cinquenta ônibus foram incendiados. “A essa altura está caracterizado que foi mesmo obra, que está sendo obra de uma facção criminosa, de uma organização criminosa que atua no Brasil inteiro e que nesse momento concentrou sua atuação em Minas Gerais”, disse Pimentel, que se reuniu nesta terça no Palácio da Liberdade com representantes das forças de segurança do estado. A PF também participa de reuniões sobre os ataques.
Segundo o governador, Minas Gerais está “pagando o preço de nossos presídios, do nosso sistema prisional ser mais rigoroso do que a média brasileira. Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para organização criminosa nenhuma. E por conta disso estamos pagando esse preço. Estamos sofrendo ameaça, sendo atacados”. Conforme o petista, o rigor no sistema prisional será mantido.
Medidas de combate aos ataques
Para combater os ataques aos ônibus, a PM estabeleceu sistema de vigilância com soldados à paisana dentro dos veículos, além de estar trabalhando para o levantamento de informações da área de inteligência para identificação exata de onde estão saindo as ordens de ataque.
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