O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta terça-feira (5) duas representações por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Wladimir Costa (SD-PA), que ficou famoso no país inteiro por ter tatuado o nome do presidente Michel Temer no braço.
Com apoio do governo, a maioria dos parlamentares votou contra a abertura de processo nos dois casos. Surpreendentemente, o deputado Laerte Bessa (PR-DF), relator da representação feita pelo PSB contra Wladimir por ofensa uma jornalista da rádio CBN, mudou o seu parecer, votando pela não admissibilidade da denúncia. Em 7 de novembro, Bessa havia considerado procedente a acusação por “haver indício, prova e fato típico de quebra de decoro”. A representação foi, então, rejeitada por 8 votos a 5.
Wladimir foi representado nesse caso por causa da resposta dada a uma pergunta sobre a tal tatuagem na saída de um jantar onde esteve o presidente Michel Temer. A jornalista Basilia Rodrigues, da rádio CBN, perguntou se ele poderia mostrá-la, pois havia a suspeita de que a tatuagem era de mentira. “Para você, só se for o corpo inteiro”, disse o deputado.
O caso ganhou o repúdio de entidades jornalísticas. O Sindicato de Jornalistas do Distrito Federal classificou a reação de Costa como “conduta antiética, misógina, machista e racista” e de ter sido alvo de assédio sexual e moral do parlamentar.
Bessa justificou a mudança de posição alegando ter sido convencido pelo voto em separado de Mauro Lopes (PMDB-MG), que tratou a resposta de Wladimir à jornalista como “idiota” e que não merecia ser dado prosseguimento ao caso.
Na outra representação, o deputado do Solidariedade foi acusado pelo PT por divulgar em um grupo de WhatsApp a montagem de uma foto da filha da deputada Maria do Rosário (PT-RS) em trajes íntimos e outra do filho de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) com terno e gravata. Ao lado, havia a seguinte inscrição: “é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”. Segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o conteúdo é ofensivo à filha da petista e atinge a imagem da parlamentar.
Costa teria comprovado que o número de celular inserido no grupo não era seu. O relator desse caso, o deputado João Marcelo Souza (PMDB-MA), já havia dado parecer contrário a essa acusação e, por, 9 votos a 4, ela foi julgada improcedente.
Ao final da sessão, Wladimir foi cumprimentado por um dos líderes do governo na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
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