O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a prometer a abertura da chamada “caixa-preta” do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outros órgãos. A promessa já havia sido feita durante a eleição e o período de transição. O objetivo é encerrar contratos considerados desnecessários e, depois, apurar possíveis irregularidades.
“Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados”, escreveu o presidente na sua conta pessoal no Twitter nesta segunda-feira (7).
Criptomoeda indígena
Como exemplo de contratos já desfeitos pelo novo governo, Bolsonaro exemplificou um assinado pela Funai a três dias do fim do ano passado com a Universidade Federal Fluminense (UFF). O contrato tinha o valor de R$ 44 milhões e previa, entre outras coisas, a criação de uma criptomoeda para populações indígenas.
Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados. Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indÃgena que foi barrado pela Ministra Damares e outros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 7 de janeiro de 2019
No contrato, o presidente da Funai justificou que a parceria se dava com “base no caráter técnico-científico do objeto em questão, tendo em vista as várias demandas do órgão de fomento cuja natureza está em consonância com as atividades desenvolvidas na área acadêmica”. O contrato, porém, não trouxe mais detalhes sobre o projeto da criptomoeda e até mesmo servidores da Funai questionaram a sua necessidade, segundo reportagem d’ O Globo publicada no fim do ano passado.
Neste ano, ao assumir o ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, responsável pela Funai, a ministra Damares Alves suspendeu o contrato.
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