O governo de Minas Gerais confirmou que sete corpos foram encontrados entre os rejeitos da barragem que se rompeu em Brumadinho (MG) nesta sexta-feira (25). As vítimas ainda não foram identificadas.
Segundo o governo mineiro, nove pessoas foram retiradas da lama com vida e cerca de 100 pessoas que estavam ilhadas foram resgatadas. A Vale informou ao governo que havia 427 pessoas na mina, 279 delas resgatadas com vida.
Segundo o governo, são cerca de 150 pessoas desaparecidas com vinculação à empresa. Bombeiros já solicitaram o nome dos desaparecidos à empresa.
“No momento a grande medida é ver sobreviventes, e informar às famílias dos atingidos”, disse o governador Romeu Zema (Novo), segundo nota do governo. Cerca de 2.000 pessoas estão sem energia na região.
Antes da confirmação do resgate de corpos, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse em entrevista coletiva que a maioria das vítimas, do rompimento da barragem em Brumadinho é de funcionários da empresa.
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Segundo ele, mais de 300 pessoas trabalhavam no local no momento do acidente. Parte significativa deles estariam no restaurante, no horário do almoço. Tanto o restaurante quanto o prédio administrativo da Vale teriam sido soterrados.
Schvartsman afirmou que cerca de 100 funcionários já foram localizados. Ainda não há informações sobre óbitos, “mas certamente haverão”, disse. Questionado sobre impactos na produção industrial da Vale, ele respondeu: “Não que eu saiba. No momento, minha preocupação não é com a produção, é só com as vítimas.”
Ele disse que, desde a tragédia ocorrida em Mariana, três anos atrás, a Vale buscou tomar providências para garantir mais segurança às barragens, ampliando uma série de ações, como a execução de fiscalização periódica, revisões realizadas por empresas estrangeiras e auditorias externas, além de implantação de sirenes.
“Nós ainda não sabemos o que aconteceu. Ainda é muito cedo para termos essa informação”, disse o presidente, ao ser questionado sobre as causas do acidente, ressaltando que a última medição foi feita na barragem no dia 10 de janeiro, e que o último relatório, datado de 26 de setembro de 22018, indicava “perfeitas condições”. Além disso, não chovia no momento do rompimento não chovia.
“Nós não pouparemos esforços, nós temos um gabinete de crise montado, nós mobilizamos todas as ambulâncias na região, aproximadamente 40”, disse o presidente da Vale. “Estamos complementando tudo aquilo que os hospitais públicos são capazes de atender. Estamos fazendo um esforço grande de assistência social, inclusive com a presença de psicólogos.”