O governo decidiu renovar os contratos com as agências Isobar e TV1, que cuidam das mídias digitais da Presidência da República. Na atualização do contrato, as duas empresas tiveram uma redução dos valores de 25% e passam a receber, juntas, R$ 32 milhões por ano. Antes, era R$ 44 milhões por ano.
A decisão de manter as empresas foi acertada em reunião na noite desta quarta-feira (6) com o ministro da Secretaria de Governo, Alberto Santos Cruz, e o secretário de Comunicação, Floriano Amorim. A ideia é que as duas contratadas continuem fazendo o monitoramento dos perfis oficiais da Presidência. No final do ano passado, aliados do presidente Jair Bolsonaro cogitaram cancelar a prestação desses serviços e montar uma estrutura menor, com poucos funcionários, para cuidar das redes sociais oficiais.
Assim como decidiu manter – a valores um pouco menores – esses contratos que havia cogitado cancelar, o governo Bolsonaro também desistiu de fechar a EBC. A estatal tem quase 2 mil funcionários, dos quais 1,7 mil concursados, e controla, entre outras coisas, a TV Brasil, alvo de críticas do presidente durante a campanha eleitoral. Ele chegou a dizer que ela não servia para nada.
Polêmicas nas redes sociais
Na tarde de terça-feira (5), uma postagem do presidente viralizou negativamente nas redes sociais. Bolsonaro divulgou um vídeo obsceno com imagens feitas durante o carnaval. A publicação repercutiu mal e foi considerada “inapropriada” por aliados do núcleo duro do governo. Nesta quinta-feira, a equipe que acompanha as redes do governo ainda encontra “reação negativa” sobre a postagem, mas a avaliação é de que a militância bolsonarista vem tentando equilibrar as postagens ao tuitar em defesa do presidente.
Bolsonaro tem sido criticado por aliados e até por integrantes de seu partido, o PSL, por adotar tom de campanha nos pronunciamentos. Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro tem privilegiado a comunicação pelas redes sociais, e, para tanto, tem o apoio dos três filhos: o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
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Ativo nas redes, Carlos é apontado como o responsável por mensagens postadas nas contas do pai. Os ministérios, empresas e demais órgãos possuem, hoje, negociações independentes para a área de comunicação. Um contrato de R$ 30 milhões para relações públicas com a imprensa internacional, firmado com a empresa CDN, foi encerrado em janeiro.
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