A greve de caminhoneiros ocorrida em maio passado teve impacto negativo sobre a produção industrial naquele mês. Segundo divulgou o IBGE nesta quarta-feira (4), a produção da indústria brasileira teve em maio queda de 10,9% em relação a abril, quando havia subido 0,8%. Foi a pior taxa desde dezembro de 2008, quando recuou 11,2%.
A mobilização de caminhoneiros começou a partir de 21 de maio e durou 11 dias. O impacto da paralisação foi sentido nacionalmente. Sem caminhões para entregar a produção agrícola nos centros urbanos, o país registrou desabastecimento de combustíveis e alimentos. Alguns produtos chegaram a triplicar de preços no período.
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Também ocorreram perdas na indústria de proteína animal. Criadores de frangos na Bahia, por exemplo, perderam frangos ainda sem idade para abate devido à falta de ração para as aves. Produtores de leite não conseguiram escoar a produção pelas estradas do país e tiveram que descartar parte do fabricado naquele mês.
Segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), 289 litros de leite tiveram que ser descartados em meio à crise. O setor teria deixado de exportar 120 toneladas de aves e suínos no período.
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A paralisação teve impacto ainda na indústria têxtil, de celulose e automobilística. A Suzano, empresa brasileira de papel e celulose, por exemplo, divulgou perdas de 80 mil toneladas na produção de celulose. Em papel, as perdas teriam atingido 25 mil toneladas.
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