Um grupo de cerca de dez pessoas protestou contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9), em São Paulo. O grupo jogou tomates no carro dele e na portaria do Instituto de Direito de São Paulo (IDP), onde ministrou palestra nesta segunda. Gilmar é sócio do IDP. Outros carros também foram atingidos.
Os manifestantes reclamavam que Gilmar Mendes concedeu liberdade a presos pela Lava Jato. “Ei Gilmar, me diz por que você sempre solta seus amigos e os amigos do poder”, entoavam os manifestantes.
O protesto começou por volta das 8h30, segundo funcionários do instituto. Policiais militares acompanharam o ato, que transcorreu sem confrontos.
Os manifestantes também apresentaram uma lista de reivindicações: fim do fundo partidário, fim do financiamento público de campanha, fim da reeleição. Defendiam a impressão do voto na urna eletrônica e a adoção do voto distrital.
O ato foi organizado pelo movimento Tomataço –que, como o nome indica, faz do lançamento de tomates sua forma de protesto. Em agosto deste ano, o grupo também protestou contra Gilmar Mendes em debate do jornal O Estado De S.Paulo que contou com a participação do ministro.
Sobre os tomates atirados por manifestantes do lado de fora do evento do IDP, o ministro Gilmar disse que não viu. “Não percebi, eu não vi.”
Ele disse, no entanto, que o protesto é “normal”. “Absolutamente normal. Acho que as pessoas, muitas vezes, têm aí suas incompreensões. Acho que tem má compreensão sobre o afazer do próprio Supremo, as questões que nós decidimos que são polêmicas.”
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