Em fevereiro, caminhões-tanque foram impedidos de sair de pelo menos uma base de distribuição de combustível da Petrobras; outras três - incluindo a de Araucária, na região metropolitana de Curitiba - foram ameaçadas por grupos de pessoas que defendem uma intervenção militar, de acordo com uma ação judicial movida pela BR Distribuidora. As informações foram reveladas em reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (1).
Segundo a ação protocolada pela BR Distribuidora na Justiça de São João de Meriti (RJ), as bases visadas foram as de Fortaleza (CE), onde houve bloqueio completo, Cubatão (SP), Duque de Caxias (RJ) e Araucária (PR).
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“O intuito dos manifestantes, mesmo alegando a ‘pacificidade’ do movimento, é unicamente impedir o carregamento de caminhões-tanque da Petrobras Distribuidora para fornecimento de produtos a postos revendedores, aeroportos e órgãos públicos com a finalidade de chamar a atenção para a causa”, diz a petição da BR.
A distribuidora, antecipando o cenário da paralisação dos caminhoneiros, chegou a advertir para o “risco de grave dano” com o “possível desabastecimento no Estado do Rio de Janeiro, vez que o Terminal de Duque de Caxias é responsável pelo suprimento de combustível em praticamente todo o Estado”.
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A ação informa ainda que “o Núcleo de Inteligência da Polícia Federal teria tomado conhecimento da existência de mensagens eletrônicas em que se verificava a intenção de certos indivíduos articularem manifestações com esse cunho político durante os festejos do Carnaval”.
A matéria da Folha de S. Paulo informa ainda que outra ação, também de fevereiro, da Advocacia Geral da União (AGU) pediu que a Justiça garantisse a segurança da refinaria de Araucária, ameaçada por uma carta de cinco páginas encaminhada a diversas autoridades policiais, assinada por “Associação da Cidadania e Defesa do Brasil” (ACDB), que apoia uma intervenção militar.
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A Folha localizou uma pessoa que diz ser a responsável pelo que chama de “projeto de bloqueio das refinarias”, um microempresário de 60 anos, de São José (SC).
A carta enviada às autoridades repudiava as eleições de 2018, defendia uma “intervenção institucional”, do povo com as Forças Armadas e propunha ainda “um governo de transição, temporário, militar e civil, promoverá uma nova Constituição”.
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