O futuro ministro Paulo Guedes e a equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro (PSL) fizeram nesta semana um primeiro esboço do que deve ser o superministério da Economia. A estrutura da nova pasta – resultado da fusão dos atuais ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior – prevê a criação de seis “supersecretarias”.
Elas estão sendo estruturadas conforme os objetivos do futuro governo: privatizar, fazer o ajuste fiscal, avançar nas reformas microeconômicas, intensificar o comércio exterior e buscar a inovação tecnológica nas empresas e no próprio governo.
1.º ESCALÃO: Confira os nomes já anunciados para compor o governo Bolsonaro
Há, porém, muitas dúvidas quanto ao desenho final. Na terça-feira (20), Guedes confirmou a criação da Secretaria de Privatizações. Ainda não está claro, porém, se Guedes terá uma espécie de vice-ministro ou secretários executivos para supervisionar as seis secretarias, que ficarão um grau hierárquico abaixo dele.
As outras cinco ‘supersecretarias’
Além de uma secretaria que cuidará de privatização, desestatização e venda de imóveis do patrimônio da União, o modelo que está servindo de base para as discussões prevê uma Secretaria Econômica, voltada para o ajuste fiscal. Essa grande secretaria deverá reunir o Tesouro, a Secretaria de Política Econômica – hoje no Ministério da Fazenda – e a secretaria de Orçamento do Ministério do Planejamento.
Outra secretaria pode reunir a Receita Federal, Previdência Social e a área do Ministério do Trabalho que cuida do FAT.
Segundo apurou o Estadão, uma quarta secretaria cuidará da modernização do Estado e governo digital, abocanhando áreas de tecnologia da informação, governo digital e gestão de pessoal da União.
LEIA TAMBÉM: Bolsonaro desiste de mexer na Previdência neste ano. Custo será maior em 2019
A quinta secretaria vai fundir o comércio exterior, que está hoje no MDIC, com as áreas internacionais do Planejamento e da Fazenda. A sexta secretaria estará voltada para inovação tecnológica, competitividade, produtividade e temas voltados à infraestrutura – áreas que são todas relacionadas à reforma microeconômicas e regulatórias que Guedes considera essenciais para acelerar os investimentos.
Guedes começa a fechar a estrutura do Ministério da Economia
Após definir postos chaves como o Banco Central, BNDES e Petrobras, Guedes deu o pontapé inicial para fechar a estrutura do Ministério da Economia.
Há urgência, pois sem formalizar o novo desenho num decreto, ele não poderá nomear seus principais assessores a partir de 1.º de janeiro. A escolha dos nomes para compor a nova estrutura deve ocorrer após o futuro ministro bater o martelo sobre os comandos do Banco do Brasil, Caixa e Eletrobras.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Deixe sua opinião