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| Foto: Robson Fernandjes/Estadão Conteúdo

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, apontado como operador de propinas do PSDB em São Paulo, foi denunciado nesta quinta-feira (21) pelo Ministério Público Federal sob suspeita dos crimes de peculato, corrupção e organização criminosa. É a primeira denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, criada em julho do ano passado.

Diferentemente do que tem sido recorrente nas operações da Lava Jato no Paraná e no Rio, no entanto, não houve pedidos de medidas cautelares, como prisões preventivas e provisórias.

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Paulo Preto, como Vieira é conhecido, teria desviado verbas públicas vinculadas ao programa de reassentamento da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), segundo os procuradores. Ele comandava o órgão na gestão do tucano José Serra (2007-2010). O dinheiro desviado, que chega a R$ 10 milhões corrigidos, deveria ser destinado aos moradores dos locais em que seriam feitas obras do trecho sul do Rodoanel, obra viária que circunda a capital paulista.

De acordo com a denúncia, Paulo Preto fraudou cadastros de moradores com ajuda de outras três pessoas que trabalhavam para a Dersa.

Denúncias anteriores

Duas denúncias sobre esse caso já haviam sido apresentadas pelo Ministério Público de São Paulo em 2015 e 2016, a partir de delação premiada de Mércia Ferreira Gomes, que prestou serviço à Dersa.

A denúncia não aborda a informação de que Paulo Preto tinha R$ 113 milhões em contas na Suíça, compartilhada pelo Ministério Público do país europeu com procuradores de São Paulo – Preto era alvo de ao menos cinco procedimentos na Procuradoria.

Também não faz menção a Serra, que é investigado em outra ação no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito no Supremo foi aberto em 2017 a partir da delação da Odebrecht, que disse ter pago propina no Rodoanel supostamente em benefício do ex-governador, atual senador.

A defesa de Paulo Preto tem tentado fazer com que os processos que estão em São Paulo sejam juntadas à investigação no STF, onde o responsável pelo processo é o ministro Gilmar Mendes.

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