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Simone Tebet : alternativa do MDB para que Renan não seja eleito. | Agência Senado/Divulgação
Simone Tebet : alternativa do MDB para que Renan não seja eleito.| Foto: Agência Senado/Divulgação

A senadora Simone Tebet (MDB), que despontou como uma alternativa da bancada do MDB do Senado à candidatura de Renan Calheiros (MDB) à presidência da Casa, disse nesta terça-feira (22) que vê uma influência do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), na disputa pelo comando da Casa, e que isso ameaça a governabilidade da gestão Bolsonaro. Tebet disse que resolveu colocar seu nome para valer na disputa pela presidência para testar a reação do DEM, que estaria insatisfeito com a candidatura de Renan. 

“Nós estamos vendo uma movimentação muito forte do DEM. O DEM cresceu com uma candidatura achando que o candidato seria o Renan. O que o DEM quer é derrotar o Renan”, disse a senadora. Ao se colocar como substituta de Renan na disputa, Tebet espera conseguir atrair o DEM para uma aliança pela presidência do Senado. 

Ela disse, ainda, não ver “a hegemonia do DEM como saudável para o país”. O partido ocupa três ministérios no governo Jair Bolsonaro (PSL) e deve levar a presidência da Câmara, com a reeleição de Rodrigo Maia (RJ) para a presidência. 

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A senadora reclamou da interferência de Onyx na disputa interna no Senado. “Acho que aí tem um ruído da Casa Civil interferindo no Senado e isso foi uma das razões porque eu entendi que tinha que colocar minha candidatura, para ver se realmente o governo está preterindo o partido [MDB]”, disse a senadora. 

“Eles estão colocando a presidência do Senado como um fim em si mesmo e estão esquecendo a governabilidade”, alertou Tebet. Para ela, a insistência do DEM em lançar um candidato à presidência da Casa pode estremecer a relação do MDB com a base de sustentação do governo. Ela lembra que o partido se posicionou de forma independente ao governo Bolsonaro. 

Outro motivo que levou Tebet a se colocar como candidata, segundo ela, é garantir mais chances para o MDB conquistar a presidência do Senado, já que tem a maior bancada da Casa. “A última coisa que pode acontecer é o MDB perder a presidência”, disse. 

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Prioridades: reforma da Previdência e segurança

Tebet evitou fazer comentários sobre a intenção da oposição de instalar uma CPI no Senado para investigar a conduta do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). Ele está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O caso veio a tona depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações atípicas nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O Coaf também identificou cerca de R$ 100 mil em depósitos fracionados na conta de Flávio entre junho e julho de 2017. 

Para Tebet, devem ser prioridades na pauta do Senado a pauta econômica, em especial a reforma da Previdência, e temas referentes a segurança pública. Pautas relacionadas a costumes, segundo a senadora, devem ficar para um segundo momento para não contaminar discussões importantes. 

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