Dois dias após a decretação da intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio, a Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, registrou uma rebelião neste domingo, 18. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), depois de tentar impedir uma tentativa de fuga, três agentes penitenciários são mantidos como reféns pelos detentos.
A Polícia Militar (PM) enviou para o local o Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e todos os batalhões da Baixada Fluminense.
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Segurança reforçada
Após o anúncio da intervenção na área de segurança do Rio, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) decidiu reforçar a segurança nos presídios do Estado, como prevenção contra eventuais reações da população carcerária.
“Uma série de medidas operacionais foram adotadas com o objetivo de impedir instabilidades no sistema carcerário”, disse, em nota, o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves Alves.
A Seap não detalhou quais são as medidas, alegando “questões de segurança”. Na nota, diz que mudanças no controle dos presídios já vinham sendo elaboradas desde a posse de Alves, no dia 24 de janeiro, e foram antecipadas após o anúncio da intervenção.
“Embora a crise na segurança pública do Rio de Janeiro tenha sido alvo de atenção agora, a da Seap ocorreu há um mês, quando assumimos a atual administração”, afirmou o secretário.
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O secretário anterior, Erir Ribeiro, foi afastado pelo governador Luiz Fernando Pezão (MDB) a pedido do Ministério Público, devido a denúncias de regalias concedidas ao ex-governador Sergio Cabral em sua passagem pelos presídios Bangu 8 e Benfica.
O Rio tem 54 unidades carcerárias, com 51 mil detentos, embora as prisões tenham capacidade para abrigar 26 mil pessoas. O sindicato dos trabalhadores na área calcula que o Estado tenha um déficit de 2.500 agentes penitenciários.
O Comando Militar do Leste (CML) informou que não houve qualquer determinação do interventor Walter Souza Braga Netto com relação a reforço da segurança nos presídios. Braga Netto ainda não tomou medidas práticas para dar início à intervenção.
De acordo com o CML, ele vai esperar a aprovação do decreto de intervenção no Congresso antes de promover mudanças estruturais na área de Segurança do Estado.
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