Presa preventivamente na manhã desta quinta-feira em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a jornalista Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), tinha passagem comprada para Londres. O voo seria na noite desta quinta, revelaram investigadores ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
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A Polícia Federal demorou a localizar Andrea. Como tinha a informação de que ela poderia estar no exterior, a PF estava prestes a acionar a Interpol. Pouco depois, no entanto, a jornalista foi encontrada em Nova Lima.
A jornalista carrega um histórico de “mão invisível” por trás da trajetória política do congressista tucano. “Há uma concentração de energia em torno de mim porque me atribuem uma importância que efetivamente eu não tenho”, afirmou à Gazeta do Povo em 2014.
Aécio Neves pediu R$ 2 milhões a Joesley Batista, sócio da JBS, em conversa gravada pelo empresário e entregue à Procuradoria-Geral da República. O senador disse que usaria o dinheiro para bancar sua defesa na operação Lava Jato, mas o montante, rastreado pela Polícia Federal, foi parar na conta do também senador Zezé Perrela (PSDB-MG).
Andrea teria sido a responsável pela primeira abordagem ao empresário Joesley Batista, segundo revelou na quarta-feira (17) o jornal “O Globo”.
Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, também foi preso durante a deflagração da Operação Patmos. Conhecido como Fred, ele foi filmado pela força-tarefa da Lava Jato recebendo os R$ 2 milhões que seriam destinados ao político mineiro.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento de Aécio do mandato. Além disso, o tucano está proibido de se ausentar do país e não pode contatar qualquer outro investigado ou réu no conjunto de fatos revelados na delação da JBS.
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