A Usina Binacional de Itaipu vai gerar mais energia e reduzir seu reservatório para ajudar os reservatórios do Sudeste a se recuperarem. Nesta semana, a diretoria brasileira da usina binacional determinou a redução do nível de água no reservatório de Itaipu e já começou a gerar mais. Com a medida, o nível mínimo (ou a cota do reservatório) que está em 219 metros, deverá chegar até 216 metros. Esse nível deverá ser mantido até novembro.
Já está liberada a redução para 218 metros. Até o começo da próxima semana, o nível será reduzido para 217,5 metros. A redução da cota mínima da usina foi um pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e agora deverá ser submetido aos representantes do Paraguai na diretoria da empresa. No dia 27 de outubro, em reunião do conselho de administração, o assunto será encaminhado.
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“Vamos aumentar a geração de Itaipu para auxiliar o sistema nesse momento de crise que o país está. Se fosse uma usina brasileira, o Operador daria uma determinação. Como somos uma binacional, isso depende de uma negociação”, afirmou o diretor-geral de Itaipu, Luiz Fernando Vianna, que falou em exclusividade com a Gazeta do Povo.
Segundo Vianna, os diretores paraguaios já estão “conscientizados” da necessidade de se reduzir o nível do reservatório temporariamente.
A energia de Itaipu vai ajudar a região Sudeste a operar com maior segurança. Essa foi uma medida tratada pelas autoridades do Ministério de Minas e Energia junto com as entidades do setor, como prevenção a restrições de energia. Neste ano, com poucas chuvas durante os meses secos, a situação dos reservatórios é crítica.
Reservatórios do Sudeste
O diretor-presidente do ONS, Luiz Eduardo Barata, afirmou que, com a medida, é esperado aumento de 1 ponto percentual no nível de reservação das usinas do Sudeste. Essa medida será importante para que as usinas do Sudeste possam gerar menos energia, compensando com a eletricidade que vai ser provida por Itaipu, e permitindo que estoquem mais água nos reservatórios, para chegar em abril (início do período sem chuvas) com maior nível de reserva.
A cota mínima do reservatório de Itaipu já foi reduzida em outras ocasiões de grave crise hídrica no país, como em 2001, quando chegou a 215,3 metros. Em 2015 a medida também foi adotada. “Essa cota já foi testada. Não tem problema nem do lado brasileiro nem paraguaio”, afirma Vianna.
Algum impacto poderá ser sentido pelas populações que estão no entorno do reservatório da usina, tanto do lado brasileiro como paraguaio. Segundo Vianna, a captação de água poderá mudar de lugar, mas com pouca diferença.
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