Os delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud chegaram à sede da Polícia Federal, em São Paulto, por volta das 14 horas de domingo (10) para se entregar. A dupla teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. O magistrado, que é relator da Lava Jato na corte, acatou o pedido feito neste sábado (9) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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Janot também pediu também a prisão do ex-procurador Marcelo Miller - que foi negada por Fachin. Em conversa entregue pela própria defesa da JBS, Saud e Joesley conversam sobre a suposta interferência de Miller para ajudar nas tratativas de delação premiada. O ex-procurador ainda fazia parte do Ministério Público quando começou a conversar com os executivos, no fim de fevereiro. Ele foi exonerado da instituição apenas em abril.
As prisões são temporárias e foram motivadas pela suspeita de que executivos da JBS tenham omitido informações sobre crimes durante a negociação de suas delações premiadas. Ao decretar a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud, Fachin afirmou que há “indícios suficientes de que os colaboradores omitiram” informações sobre a participação do ex-procurador Marcello Miller no processo de delação premiada da JBS.
“Cabível, portanto, nos termos pleiteados pelo MPF, a parcial suspensão cautelar da eficácia dos benefícios acordados entre o Procurador-Geral da República e os colaboradores para o fim de se deferir medidas cautelares com a finalidade de se angariar eventuais elementos de prova que possibilitem confirmar os indícios sobre os possíveis crimes ora atribuídos a Marcello Miller”, disse o ministro.
O pedido de prisão de Joesley Batista, de Ricardo Saud e de Miller foi enviado neste sábado (9) ao STF por Janot. O pedido veio cinco dias depois de o procurador anunciar a abertura de investigação para apurar possíveis irregularidades nas negociações da colaboração firmada com o Ministério Público.
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