O ex-ministro José Dirceu deixou o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Grande Curitiba, por volta das 16h15 desta quarta-feira (3) com destino ao prédio da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, para colocar uma tornozeleira eletrônica, conforme determinação do juiz Sergio Moro. O ex-ministro foi escoltado por policiais federais, entre eles Newton Ishii, mais conhecido como o Japonês da Federal. A escolta não impediu que pessoas contrárias à soltura de Dirceu protestassem com gritos e xingamentos no portão do CMP.
Dirceu chegou por volta das 16h30 à sede da Justiça, no bairro Ahú. A chegada dele foi precedida de um forte esquema de segurança. Grupos de manifestantes pró e contrários a Dirceu protestaram antes e depois do desembarque e foi necessária a presença de policiais militares para não ocorrer problemas.
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Solto, Dirceu seguirá para Brasília. Inicialmente, Moro decidiu que o ex-ministro não poderia deixar a cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, mas os advogados do petista pediram que ele permanecesse na capital federal.
Antes de ser preso, Dirceu já morava em Brasília com a mulher e uma filha. O ex-ministro foi preso na capital federal em 2015. Após sua condenação no mensalão, o petista se mudou para a cidade e chegou a trabalhar em escritórios de advocacia da cidade, inclusive como assistente administrativo.
Enquanto aguardavam a soltura de Dirceu do lado de fora do CMP, manifestantes pró-Lava Jato e apoiadores de Dirceu se desentenderam. A discussão, que terminou com troca de empurrões, foi entre a apoiadora de Lava Jato Elizabete Monteiro, que usava um megafone e camisa da República de Curitiba, e Ana Paula Perciano, apoiadora de José Dirceu. A confusão foi contida após o bate-boca.
Os manifestantes contrários à libertação do ex-ministro estenderam uma faixa de protesto em frente ao presídio. Eles criticaram a decisão da Segunda Turma do STF, que optou pela soltura de Dirceu apesar dos apelos contrários do relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, e da força-tarefa do Ministério Público Federal, em Curitiba.
Na Justiça Federal, manifestantes pró Dirceu e simpatizantes da Lava Jato fizeram bastante barulho, mas não chegaram a promover nenhum tumulto mais grave.
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