Laurence Casagrande Lourenço. ex-secretário de Alckmin e ex-presidente da Dersa, estatal que faz obras rodoviárias.| Foto: Jeff Dias / A2img/Governo de SP/Divulgação

A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do ex-presidente da Dersa e ex-secretário estadual no governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) Laurence Casagrande Lourenço. Também foi alvo do mandado de prisão o ex-diretor da Dersa Pedro da Silva. Ambos são alvos da Operação Pedra no Caminho, que investiga fraudes e desvios nas obras do trecho norte do Rodoanel. A Dersa é a empresa pública do governo de São Paulo responsável por obras rodoviárias.

CARREGANDO :)

Os dois estavam presos temporariamente (com prazo determinado) desde o dia 21 e, agora, suas penas foram convertidas em preventivas, com prazo indeterminado. A decisão foi tomada pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Federal de São Paulo.

Justificativa: risco à instrução processual

“A liberdade dos investigados Pedro da Silva e Laurence Casagrande Lourenço constitui um grave risco à instrução processual, às testemunhas e, como consequência, à própria possibilidade de aplicação da lei penal, eis que futura ação penal dependeria da proteção destas provas, diante da necessidade de sua reapreciação por meio do devido processo legal”, afirmou a juíza.

Publicidade

Na mesma decisão, a magistrada concedeu liberdade a outros cinco investigados que estavam presos. Foi determinada a expedição de alvarás de soltura para Adriano Francisco Bianconcini Trassi, Benedito Aparecido Trida, Edison Mineiro Ferreira dos Santos, Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos e Valdir dos Santos Paula.

Investigação envolve suspeita sobre aditivos em obras na gestão de Alckmin

A Operação Pedra no Caminho investiga aditivos às obras do Rodoanel assinados pela estatal paulista Dersa na gestão Alckmin que levaram a prejuízos de mais de R$ 600 milhões, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público.

De acordo com as investigações, foram beneficiadas pelos aditivos as construtoras OAS e Mendes Júnior, que já são investigadas na Operação Lava Jato.

As apurações sobre os adendos contratuais levaram à decretação da prisão de 15 suspeitos no último dia 21. Oito foram soltos no dia 22 e, no dia 25, os outros sete tiveram a prisão prorrogada por cinco dias.