O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, revelou no início da noite desta sexta-feira (16) que a munição utilizada no assassinato da vereadora Marielle Franco foi roubada na sede dos Correios da Paraíba, anos atrás. Segundo ele, a Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos para investigar o desvio dessa munição, também utilizada numa chacina em São Paulo.
"Acredito que essas cápsulas encontradas na cena desse crime bárbaro foram efetivamente roubadas e tem a ver com a chacina de Osasco. A Polícia Federal está fazendo todo o rastreamento, levantando todos os dados e vai apresentar, em breve, todas as conclusões", disse Jungmann, em entrevista ao O Globo, após evento na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
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Perguntado qual explicação possível para um lote de balas destinados a PF em Brasília ir parar na Paraíba, o ministro respondeu que essa munição também teria passado – não garantiu ter certeza – pela superintendência do órgão no Rio e que teria o envolvimento de um escrivão, fato que também é objeto de um inquérito.
Jungmann contou que a PF destacou seu melhor especialista em impressões digitais e DNA para colher materiais dessas dessas cápsulas encontrados no carro que conduzia a vereadora.
"Tem um banco de dados para esse material coletado que seria uma pista muito segura de quem realizou esse crime".
Para Jungmann, se, numa hipótese, esse crime foi no sentido de confrontar ou abalar a intervenção federal no Rio de Janeiro, demonstra que a ação do governo está no caminho correto.
"Se isso está acontecendo, a intervenção está no caminho certo. E está levando exatamente o crime a reagir contra o que vem dando certo, contra o que está sendo feito. E isso não nos abala. É uma tragédia que gostaríamos que nunca acontecesse e que nos dá muito mais determinação".
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