Quase metade dos brasileiros acredita que a Justiça será mais rígida com políticos após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o que aponta levantamento realizado pelo Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira (4).
Segundo apurou a pesquisa, 44,7% entendem que os políticos serão punidos de forma mais dura em casos de envolvimento em escândalos. Já 40,9% avaliam que a atuação da Justiça será a mesma, enquanto 10,4% acreditam que casos de corrupção envolvendo a classe política receberão menos atenção dos órgãos fiscalizadores. Pouco mais de 4% não opinaram ou não souberam responder.
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A pesquisa perguntou também aos eleitores se a prisão do petista acende um sinal de alerta no radar dos políticos quanto ao cuidado para fugirem de escândalos e esquemas fraudulentos. Para 40,5%, parlamentares vão evitar qualquer envolvimento em esquemas de corrupção. Já para 38,6%, nada vai mudar: a classe política deve manter o comportamento, apesar da prisão do ex-presidente. Apenas 18,9% acreditam que os políticos continuarão a se envolver em mais escândalos, enquanto pouco mais de 2% não opinaram ou não souberam responder.
O estudo perguntou também se o eleitor percebe um país melhor após a detenção de Lula. Mais da metade, ou 66% dos entrevistados, entende que o Brasil continua o mesmo. Apenas 9% avaliam que houve melhora no cenário atual, enquanto 22,3% acreditam que piorou, e outros 2,6% não souberam responder ou preferiram não opinar.
Outra pesquisa realizada pela instituição no mesmo período apurou que Lula é o político que mais envergonha o Brasil, em uma lista de 10 nomes apresentados. O ex-petista é seguido de perto pelo presidente Michel Temer (MDB). Apesar de liderar a lista, ainda segundo aferiu o Paraná Pesquisas, o petista é o primeiro nas intenções de voto para as eleições deste ano, com 27,6%.
Metodologia
O levantamento ouviu 2.002 pessoas, a partir dos 16 anos, entre os dias 28 de abril e 2 de maio, nos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-02853/2018.
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