O Ministério Público Federal (MPF) rebateu as acusações feitas pelo ministro Gilmar Mendes no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (11) ao procurador da Lava Jato Diogo Castor de Matos. Mendes insinuou durante a votação do pedido de habeas corpus do ex-ministro Antônio Palocci que um irmão do procurador atua como advogado de réus investigados pelo MPF.
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Segundo o MPF, a fala de Gilmar Mendes “desbordou o equilíbrio e responsabilidade exigidos pelo seu cargo”. O órgão esclareceu, ainda, que Matos não atuou em nenhum caso envolvendo o publicitário João Santana, que tem em sua defesa o escritório Delivar de Mattos e Castor Advogados -que tem como um dos sócios Rodrigo Castor de Mattos, irmão do procurador. A nota também diz que Rodrigo Castor de Mattos deixou a defesa de João Santana em maio do ano passado.
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“A força-tarefa Lava Jato do MPF no Paraná presta estes esclarecimentos à população para não ficar indefesa diante do reiterado sentimento negativo do ministro Gilmar Mendes com o sucesso da Operação Lava Jato em desbaratar organizações criminosas que atuavam no poder público federal e com as mudanças positivas que o combate à corrupção trazem para a Justiça brasileira, bem como para mostrar sua indignação com o destemperado uso de falsas notícias e supostas intrigas de advogados desconhecidos em relação ao procurador da República Diogo Castor de Mattos”, disse o MPF, em nota.
Na sessão desta quarta-feira (11) no STF, o ministro Gilmar Mendes provocou a força-tarefa da Lava Jato, criticou a Procuradoria-Geral da República e disparou farpas em direção aos juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas, que conduzem a operação em primeira instância em Curitiba e no Rio de Janeiro, respectivamente.