O presidente da Frente Parlamentar de Segurança - a bancada da bala -, deputado federal Capitão Augusto (PR-SP) vai se reunir nesta terça-feira (12) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para tratar de uma possível divisão do ministério. O deputado propõe que sejam separadas as atribuições de Justiça das de Segurança Pública. Com isso, Moro ficaria à frente do combate à corrupção e ao crime organizado, enquanto um novo ministério seria responsável por questões diretamente ligadas à segurança, como repressão à criminalidade.
Na última sexta-feira (08), Capitão Augusto apresentou uma emenda para mudar a medida provisória que define a nova estrutura da Esplanada dos Ministérios. O Ministério da Segurança Pública foi criado pelo presidente Michel Temer (MDB) a partir de uma reivindicação da bancada da bala. Ao assumir o governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) unificou as pastas de Justiça e Segurança - o novo ministério é comandado por Moro.
“Nós da frente parlamentar, boa parte da base que são os reeleitos, lutamos muito para a criação do Ministério da Segurança. Nós acreditamos realmente que tem que ser tratado de uma forma diferente o pessoal que está trabalhando diretamente com o policiamento ostensivo, preventivo e a repressão imediata”, defende o deputado federal.
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A proposta de Augusto é que a Polícia Federal (PF) continue sob o guarda chuva do Ministério da Justiça. Já a pasta de Segurança Pública seria responsável pela integração com as instituições que estão ligadas diretamente à prevenção e apuração de crimes, englobando polícias Civil e Militar, agentes penitenciários, Polícia Técnico Científica e Guardas Municipais.
“A questão é que [o Ministério da Justiça e Segurança Pública] fica grande demais. Não sei se vai ter uma estrutura para comportar duas frentes tão grandes quanto essas. São duas frentes enormes, então eu acho que seria melhor dividir”, diz o deputado.
O líder da bancada da bala tem uma reunião com Moro nesta terça-feira (12), às 13h30. Augusto afirma que vai conversar com o ministro sobre a divisão da pasta, mas pode ser convencido a mudar de ideia. “A gente vai sair dali com certeza acordados, ou pela criação ou pela manutenção da forma como está”, garante o parlamentar.