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 | Albari Rosa
Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa Gazeta do Povo

O anúncio do nome que será o relator da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados foi adiado por causa do projeto dos militares. Líderes partidários decidiram que não haverá a indicação do relator até que o governo apresente um esclarecimento sobre o projeto que reestrutura a carreira militar. A definição do relator estava prevista para as 11 horas desta quinta-feira (21). 

"Depois de uma reunião com líderes partidários, ficou acordado que não haverá a indicação do relator até que o Governo, através do Ministério da Economia, apresente um esclarecimento sobre a reforma e a reestruturação dos militares", afirma nota enviada pela liderança do PSL, partido do deputado Felipe Francischini (PR), que é o presidente da CCJ e quem vai anunciar o nome do relator.

Entenda a polêmica

Os líderes partidários já tinham definido que a reforma da Previdência só ia caminhar na CCJ quando fosse apresentado pelo governo o projeto de reforma da aposentadoria dos militares. 

O projeto acabou sendo apresentado na quarta-feira (20), porém veio acompanhado de uma reestruturação da carreira militar que vai custar quase R$ 87 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos, consumindo quase todo o ganho com as mudanças propostas na aposentadoria das Forças Armadas.  

Ainda na quarta-feira, lideranças partidárias já mostravam insatisfação. O deputado Delegado Waldir (PSL-GO), líder do PSL na Câmara dos Deputados, partido do próprio presidente Bolsonaro, disse que aguardava conhecer em detalhes o texto, mas afirmou que a reestruturação dos militares não era esperada e que ela pode abrir brechas para que outras categorias exijam o mesmo, comprometendo a reforma.  

“Estamos analisando a questão da igualdade em relação à Nova Previdência [reforma dos civis]. Existe uma questão que precisa ser discutida que é em relação à redução de gastos com a proposta. Eu penso que a redução não é a ideal. E tem a reestruturação da carreira que não estava prevista, e isso pode trazer uma enxurrada de outras instituições querendo também reestruturação”, afirmou o deputado à Gazeta do Povo.  

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