O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva despertou dois movimentos opostos. O apoio a Lula está construído sobre sua histórica relação com movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No outro lado, entidades mais novas, muitas delas emergidas na onda de protestos de 2013 e alimentadas pelo crescimento da Lava Jato a Partir de 2014, como o Movimento Brasil Livre (MBL), enxergam no depoimento um marco na luta contra a corrupção.
A Gazeta do Povo conversou com líderes desses dois movimentos para entender suas visões opostas sobre a Lava Jato e o depoimento de Lula. Roberto Baggio, um dos principais líderes do MST, defende a tese de que há um golpe no Brasil. Já Kim Kataguiri, coordenador nacional do MBL, vê um avanço em uma investigação que tem indícios fortes de que Lula está envolvido com o desvios de recursos da Petrobras.
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Kataguiri ressalta que o andamento da ação contra Lula segue o processo legal e tem indícios suficientes para seguir em frente. “É um marco histórico, um ex-presidente estará prestando depoimento, sendo submetido à lei como qualquer cidadão brasileiro”, disse.
Leia aqui a entrevista completa de Kataguiri
Para Baggio, a Lava Jato é um instrumento do que chama de classes dominantes contra os direitos da classe trabalhadora. “Moro é uma peça que atende os interesses do capital. Ele atende os interesses da classe dominante, atendendo esses interesses, ele vai perseguir todos os que lutam contra a classe dominante”, defendeu.
Leia aqui a entrevista completa de Baggio.
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