O lobista Jorge Luz confessou nesta quarta-feira (19) ao juiz Sergio Moro que intermediou o pagamento de propina aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) e também ao deputado Anibal Gomes (PMDB-CE) na contratação de navios-sonda para a Petrobras. O valor da propina alcançou US$ 15 milhões, segundo ele.
Interrogado em ação penal sobre corrupção na Petrobras, Luz relatou ao juiz da Operação Lava Jato ter usado a conta Headliner, em um banco na Suíça, para realizar os pagamentos ilícitos. A audiência durou mais de quatro horas. Jorge Luz e o filho dele, Bruno Luz, estão preso preventivamente desde 25 de fevereiro por ordem de Moro. Eles foram denunciados pela força-tarefa da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Os dois estão no Complexo Médico Penal em Pinhais, na Grande Curitiba.
Pai e filho negociam acordo de colaboração premiada. Jorge tentou inocentar o filho no depoimento a Moro afirmando que Bruno não sabia de nada e apenas fazia o que ele mandava.
Segundo a denúncia, pai e filho atuaram como representantes dos interesses de parlamentares e funcionários públicos da Petrobras corrompidos para recebimento de propina em contratos de aquisição e operação de navios-sonda da Área Internacional da estatal. O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também foi um dos beneficiários do esquema.
Na ação foram denunciados ainda os empresários Milton e Fernando Schahin, do grupo Schahin, os doleiro Jorge e Raul Davie e três ex-funcionários da Petrobras: Agosthilde Mônaco e os ex-gerentes da área Internacional Demarco Epifânio e Luis Carlos Moreira.
Renan, Jader e Anibal negam o recebimento de valores ilícitos.
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