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Manifestantes do MST, o “povo’” de Lula, na frente da Justiça Federal | Aniele Nascimento/
Manifestantes do MST, o “povo’” de Lula, na frente da Justiça Federal| Foto: Aniele Nascimento/

O ex-presidente Lula chegou a Curitiba por volta da meia-noite desta quarta-feira (13/9). Fez a viagem, desde São Paulo, de carro e sem escolta, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Estaria acompanhado de apenas dois assessores e escolheu dormir na casa de um “amigo”, que não foi identificado, na capital paranaense.

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Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha disse que muitas autoridades do PT já estão em Curitiba, inclusive a presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann. Eles devem recepcionar o ex-presidente Lula antes de ele entrar para o depoimento na Justiça Federal, no mesmo ponto em que o presidente desceu na última vez.

Durante a coletiva, líderes do PT informaram que Lula vai chegar à Justiça no mesmo lugar em que desembarcou do carro no primeiro depoimento a Moro, em maio. A ideia é que ele seja “abraçado” por petistas e depois caminhe entre o “povo” – na verdade, manifestantes pró-Lula que já chegaram ao local.

Maio

No primeiro depoimento, Lula também deu um “olé” em quem esperava encontrá-lo pela cidade. Do hangar particular onde seu jatinho pousou até a Justiça Federal, houve um grande desencontro de informações. Ele iria ao mesmo hotel em que ficaram muitos políticos do PT e aliados – entrou e saiu de lá quase sem ser visto por ninguém. Dali, partiu para o escritório de um advogado no Bacacheri, onde acertou os últimos detalhes da sua defesa. Depois, foi para a Justiça Federal – parou e caminhou no meio do povo, em mais uma jogada de marketing político típica da construção de sua imagem – e prestou depoimento por quatro horas e meia.

Só então fez a sua primeira grande aparição pública: foi para a Praça Santos Andrade, onde havia um ato de apoio a ele. Subiu no palco e, finalmente, falou com o público – estimado em 5 mil pessoas. “Se eu fiz algo errado, eu quero ser julgado pelo povo brasileiro, antes de ser julgado pela justiça”, disse do palanque. Dois meses depois, foi condenado a nove anos e meio de prisão por Moro, mas recorre em liberdade.

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