O ex-presidente Lula será interrogado na tarde desta quarta-feira (14) pela juíza federal substituta Gabriela Hardt no processo referente ao sítio em Atibaia (SP). O petista é acusado de ser dono do imóvel, que teria sido reformado por empreiteiras como forma de pagamento de propina ao ex-presidente em troca de contratos com a Petrobras. As empresas envolvidas seriam a Odebrecht, OAS e Schahin e as melhorias no sítio teriam custado R$ 1,02 milhão. Lula nega que recebeu propina e que seja dono do sítio.
Esse, porém, não é o único processo envolvendo o ex-presidente. Ao todo, Lula virou réu em sete processos. Em um deles, o envolvendo o tríplex no Garujá (SP), ele já foi condenado em primeira e segunda instância e, por isso, cumpre a pena de 12 anos e um mês de prisão desde abril, na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Nesse processo, Lula é acusado de receber propina da OAS para compra de um apartamento no litoral paulista. O caso está em recursos nos tribunais superiores.
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Em outra ação, Lula foi absolvido. Trata-se do caso em que o ex-presidente foi acusado de obstrução de Justiça tentando comprar o silêncio e impedir o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de fazer delação premiada. Em 12 de julho deste ano, o juiz Ricardo Leite, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal, absolveu Lula das acusações.
Processos em 1.º instância
Os outros quatro processos correm em primeira instância, assim como o do sítio, que tem audiências nesta quarta-feira. O mais avançado é o do terreno para o Instituto Lula, que está pronto para sentença. A decisão pode sair a qualquer momento. Nessa ação, o ex-presidente é acusado de ter recebido propina da Odebrecht através da compra de um terreno para a construção de uma nova sede para o instituto. A construção acabou não acontecendo.
Denúncias
Além dos processos, há dois casos denúncias. Ou seja, o inquérito foi concluído, o Ministério Público apresentou a denúncia e, agora, a Justiça analisa se aceita a ação.
Os casos de denúncia contra o ex-presidente são sobre organização criminosa, sendo Lula acusado de ser chefe do “quadrilhão do PT”, e obstrução de Justiça, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) tentou nomear o petista para Casa Civil na tentativa dele ganhar foro privilegiado.
As denúncias ainda não foram aceitas pela Justiça.
Tire suas dúvidas
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