A defesa do ex-presidente Lula (PT) entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa cumprir sua pena em prisão domiciliar caso a Segunda Turma da Corte rejeite seu pedido de soltura – recurso que será julgado na próxima terça-feira (26). A informação foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo na noite desta quinta-feira (21). A Gazeta do Povo a confirmou com o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ).
A Segunda Turma do STF vai julgar na próxima terça-feira (26) uma medida cautelar da defesa de Lula para suspender sua prisão. Lula foi condenado em janeiro pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), a segunda instância da Lava Jato, a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP). Ele está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril.
De acordo com a reportagem de O Estado de S.Paulo, os advogados de Lula entregaram aos cinco ministros do STF que compõem a Segunda Turma um memorial que reforça o pedido para suspender os efeitos da condenação e interromper a “execução prematura da condenação” de Lula. Segundo o jornal, a defesa ainda solicita que o STF, se não aceitar o pedido de liberdade, que ao menos modifique “o regime de cumprimento” da pena o que o submeta a “medidas cautelares distintas da prisão” – tal como a prisão domiciliar.
Defesa nega
Embora o deputado federal Wadih Damous tenha confirmado, a defesa do ex-presidente negou – em nota distribuída à imprensa – que vá solicitar prisão domiciliar.
“O ex-presidente Lula está pedindo nos recursos dirigidos aos Tribunais Superiores o restabelecimento de sua liberdade plena porque ele jamais praticou qualquer ato ilícito”, diz texto assinado pelo advogado Cristiano Zanin Martins. “A defesa de Lula não apresentou ao STF ou a qualquer outro Tribunal pedido de prisão domiciliar.”
O ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP).
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