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Lula observa  manto usado em comemorações folclóricas. Ao lado dele, Paulo Okamoto em um escrevente do  4.º Tabelião de Notas de São Bernardo do Campo. | Ricardo Stuckert/PT
Lula observa manto usado em comemorações folclóricas. Ao lado dele, Paulo Okamoto em um escrevente do 4.º Tabelião de Notas de São Bernardo do Campo.| Foto: Ricardo Stuckert/PT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta quinta-feira (21) os bens doados a ele na época em que ocupava a Presidência da República (2003-2010). Chamados de “tralhas” pelo próprio Lula em depoimento da Lava Jato, os itens chegaram a ser armazenados pela empresa Granero. O contrato de armazenamento foi alvo da investigação. A força-tarefa da Lava Jato afirmou que os custos da guarda dos bens presidenciais foram arcados pela empreiteira OAS como forma de pagar propina ao petista. Moro foi absolvido dessa acusação pelo juiz Sergio Moro.

A visita de Lula foi registrada em uma postagem em sua página do Facebook. Ele estava acompanhado do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e de um escrevente do 4.º Tabelião de Notas de São Bernardo do Campo (SP).

ASSISTA: Vídeo de Lula visitando o acervo presidencial

“Se juntar todos os presentes recebidos por JK, Getúlio, Collor e FHC... Se juntar todo mundo, não vão superar o tanto de lembranças que recebi em oito anos”, disse Lula, sobre seu acervo de 9 mil itens.

Dos 9 mil itens, 21 chegaram a ser confiscados

Os bens chegaram a ser apreendidos no âmbito da Operação Alethea, em março de 2016, que conduziu Lula coercitivamente. Dos 9 mil itens, segundo a contagem do ex-presidente, 21 chegaram a ser confiscados pela Secretaria da Presidência: espadas, coroa, moedas antigas, entre outros presentes, atendendo a decisão do juiz da Lava Jato, Sergio Moro.

O juiz absolveu o ex-presidente Lula e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, das acusações do Ministério Público Federal (MPF) sobre o armazenamento dos objetos.

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Na mesma sentença, Moro condenou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro de R$ 2,25 milhões por supostamente aceitar para si o triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, e suas respectivas reformas bancadas pela construtora como forma de propinas oriundas de contratos da Petrobras.

O juiz federal ainda afirmou reconhecer a “importância cultural da preservação do acervo presidencial”.

A Procuradoria da República da 4.ª Região afirmou concordar com a sentença de Moro em análise de recurso do MPF que pedia a condenação do petista também pelo contrato entre Granero e OAS. O parecer é endereçado ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que vai decidir sobre recursos de Lula e do MPF contra a sentença de Moro no dia 24 de janeiro.

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