| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou nesta quarta-feira (30) a medida provisória que prorroga o prazo de adesão ao Refis de 31 de agosto para 29 de setembro. A informação foi dada por Maia em uma rede social.

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O novo texto ainda será publicado no “Diário Oficial da União” e tem o objetivo de garantir mais adesões ao programa lançado para o refinanciamento de dívidas com o fisco até que outra MP, a que trata das regras do Refis, seja negociada e votada pelo Congresso.

Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que a prorrogação do prazo se dará, inicialmente, até o fim de setembro, mas dizem que não está descartada nova prorrogação, desta vez até 31 de outubro, caso novas mudanças no texto que corre hoje no Legislativo sejam aprovadas.

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Além do novo prazo de adesão, a equipe de Temer negocia com os parlamentares as demais condições do programa.

Ogoverno indicou que aceita oferecer descontos maiores aos contribuintes para viabilizar a aprovação do novo Refis, mas ainda aguarda o aval dos parlamentares para fechar o acordo nesses termos.

A nova proposta do governo aumenta de 50% para 60% o desconto da multa em pagamentos feitos à vista; de 40% para 50% naqueles parcelados em 145 meses e de 25% para 35% nos pagamentos feitos em 175 meses.

Os descontos nos juros, porém, permanecem os mesmos do texto inicial -90% em pagamentos à vista, 80% nos parcelados em 145 meses e 50% nos divididos em 175 meses.

O valor dos encargos, segundo participantes das negociações, também ficou igual à proposta inicial, 25% nos três casos.

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Tratativas

As novas opções de valores foram fechadas em reunião na noite de segunda (28) no Planalto e, na terça (29), líderes do governo conduziram as negociações no Congresso, porém, o martelo ainda não foi batido. Deputados relataram que houve avanços nas conversas, mas um acordo ainda dependia de uma análise da viabilidade técnica para a construção de um novo texto.

Como o programa foi criado a partir de uma medida provisória, os ajustes propostos pelo governo só podem ser feitos a partir de emendas que já foram apresentadas no Congresso.

A equipe econômica esperava arrecadar inicialmente cerca de R$ 13,8 bilhões com o novo Refis, mas, com as modificações, admite que esse valor deve ficar mais próximo de R$ 8 bilhões.