O Serviço de Imigração e Alfândegas prendeu na madrugada deste sábado (24) na Flórida o brasileiro radicado nos Estados Unidos Frederik Barbieri, apontado como o maior traficante de armas para o Brasil. A informação é da Rede Globo.
Carioca, Barbieri seria responsável, por exemplo, pelo envio de 60 fuzis, avaliados em R$ 4,2 milhões, que foram apreendidos no aeroporto do Galeão, no Rio, em 1.º de junho de 2017 – foi a maior apreensão no país pelo menos desde 2007.
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A carga estava escondida em um contêiner, dentro de aquecedores de piscina com fundo falso – cada aquecedor guardava oito fuzis. Ao todo havia três modelos dessas armas: 45 eram AK-47; 14, AR-10; e um, G-3.
O fuzil AK-47 é o preferido pelos criminosos porque não exige manutenção e é mais resistente. Já o AR-10 é mais moderno e equipa agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Novas, mas com numeração raspada para dificultar o rastreamento, as armas haviam chegado de Miami em dois voos. Na ocasião, quatro homens foram presos preventivamente acusados de envolvimento com o caso.
Governo pede extradição
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, em nota, que já pediu ao governo dos Estados Unidos a extradição de Frederik Barbieri. Após o pedido do governo brasileiro, o governo dos Estados Unidos solicitou documentação complementar, que está sendo providenciada pelo poder judiciário nacional e será encaminhada às autoridades norte-americanas, segundo o Ministério da Justiça.
Frederik Barbieri é investigado em procedimentos criminais instaurados no Brasil e nos Estados Unidos. Os pedidos de cooperação jurídica internacional entre os países para produção de provas encontram-se em andamento, segundo a pasta.
“Segundo o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o pedido de extradição de Frederik Barbieri já foi apresentado para o governo norte-americano, mas houve um pedido de documentação complementar. Agora, estão aguardando o Poder judiciário enviar a documentação complementar devidamente traduzida para o inglês”, diz a nota do Ministério da Justiça.
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