Na opinião da maioria da população – de 64,7% dos brasileiros – a corrupção é menor nas Forças Armadas se comparada com outros órgãos de governo. A constatação é do instituto Paraná Pesquisas, que ouviu 2.456 pessoas entre os dias 4 e 6 deste mês, em todo o país. Para 29,4% do total das pessoas ouvidas a corrupção entre militares e civis é igual, não difere dos demais segmentos. Apenas 3,9% consideram os militares mais corruptos. A pergunta formulada foi: "Nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) há mais corrupção, menos corrupção ou a corrupção é igual a outros órgãos brasileiros?".
A percepção de que a corrupção no meio militar é menor é praticamente a mesma entre homens (65,4%) e mulheres (64,1%). As mulheres, porém, 31,7% delas, acham mais que os homens, 26,9% deles, que a corrupção é igual seja o órgão militar ou civil.
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Se for considerar a faia etária, os mais jovens, com idades entre 25 a 34 anos são os que mais confiam nos militares: 69,2% dessas pessoas acham que a corrupção é menor nas Forças Armadas. Os mais velhos, com idades entre 45 a 59 anos, são os que menos acham que não há tanta diferença assim. Para 34,7% dessas pessoas ouvidas a corrupção é igual em todo lugar. Por região, há uma diferença razoável entre os dois extremos. Os moradores da região Sul - 54,4% - acham a corrupção menor entre os militares. Os nordestinos - 67,4% deles - são os que mais confiam e acreditam serem os militares menos corruptos.
O levantamento aferiu também se "as Forças Armadas, (Aeronáutica, Exército e Marinha), deveriam ajudar a segurança pública das cidades, ou seja, ir para as ruas com poder de polícia?" Nesse caso, o apoio é bem considerável. Responderam "sim", deveriam ajudar, 77,4% dos brasileiros. Apenas 18,7% entendem que não e outros 3,9% não sabem ou não opinaram. Esse tipo de discussão sempre vem à tona principalmente quando a crise de segurança pública nos estados.
Homens (77,8%) e mulheres (77,1%) praticamente empatam nesse entendimento. Na faixa etária, 81,6% dos jovens entre 16 e 24 anos apoiam o uso dos militares em ações de segurança. São os mais entusiastas. Os que tem entre 35 a 44 anos (75,1%) são um pouco menos favoráveis.
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