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Junto com Antonio Palocci e José Serra, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria pressionado o BNDES a liberar empréstimo para a JBS, segundo Joesley Batista. | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Junto com Antonio Palocci e José Serra, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria pressionado o BNDES a liberar empréstimo para a JBS, segundo Joesley Batista.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O empresário Joesley Batista, sócio da holding J&F, que controla a JBS, informou à Procuradoria-Geral da República (PGR), em um dos novos anexos entregues aos investigadores, um episódio de “pressão política” para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desse aval para o financiamento de uma fábrica de celulose da Eldorado, no Estado do Mato Grosso do Sul, informou na noite deste domingo (3) a Globonews.

De acordo com a Globonews, o empresário relatou que pediu apoio ao senador José Serra (PSDB-SP) e aos ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega. Por ter obtido o financiamento, Joesley teria dado em torno de 4% de propina do contrato para Mantega e 1% para Vaccari, segundo a emissora. Dirigentes de fundos de pensão também teriam sido beneficiados.

Defesas

Por meio de sua assessoria de imprensa, Serra negou a acusação. “Essa história jamais ocorreu. Até porque não faria o menor sentido o candidato de oposição tentar influenciar uma decisão de governo”, disse o senador.

A assessoria de Mantega, por sua vez, informou que não teve acesso ao anexo de Joesley e que só vai se pronunciar após conhecer o inteiro teor das acusações. Até a publicação deste texto, as assessorias de imprensa do grupo J&F, e as defesas de Vaccari e Palocci não haviam respondido à reportagem.

Negociações

No último sábado, 2, a holding J&F, da família Batista, anunciou que concluiu as negociações para a venda da Eldorado Celulose e Papel com a Paper Excellence, da família Widjaja, que também é dona Asia Pulp and Paper (APP).

O valor total da transação é de R$ 15 bilhões. A aquisição marca a entrada dos empresários asiáticos no Brasil, que também são donos da gigante de papel e celulose Asia Pulp & Paper (APP).

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