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Maioria dos MEIs é de desempregados que estão se formalizando para se tornarem empreendedores. | Henry Milleo/Gazeta do Povo/Arquivo
Maioria dos MEIs é de desempregados que estão se formalizando para se tornarem empreendedores.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo/Arquivo

O aumento no número de Microempreendedores Individuais (MEIs) empurrou para cima os resultados de criação de novas empresas no primeiro trimestre de 2017 em relação a igual período do ano passado, diz a Boa Vista SCPC. Segundo a instituição, a criação de empresas em geral subiu 6,6% no período. MEIs e microempresas (MEs) tiveram, juntas, um aumento de 15,2%.

O economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, destaca que o dado geral é ainda maior se comparado com o último trimestre de 2016, resultando em um aumento de 29,2%.

Em relação às MEIs, houve um crescimento no setor do comércio, saindo de 32,4% no primeiro trimestre de 2016 para 34,6% nos primeiros três meses deste ano. O serviço, por sua vez, continua tendo a maioria dos MEIs, apesar da queda de 56,6% para 55,2%, na mesma base de comparação.

Reflexo do desemprego

Calife lembrou que a maior parte do universo de MEIs é composta por desempregados. “Os números do desemprego ainda são altos e boa parte dos que perderam seus empregos estão se formalizando para se tornarem empreendedores”, afirma. As microempresas (MEs) subiram 2,9%, enquanto as demais formas jurídicas recuaram 31,3%.

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Já em relação à representatividade, as MEIs aumentaram para 74% das novas empresas, enquanto as MEs, para 1,1 %. As demais categorias apresentam quedas de representatividade, marcando 8,5% no último levantamento.

Em relação às regiões, Centro-Oeste e Norte foram as que mais obtiveram crescimento no número de novas empresas. No primeiro trimestre de 2017, em comparação igual período de 2016, houve altas de 12,0% e 9,9%, respectivamente. No caso do Centro-Oeste, Calife aponta que o agronegócio foi o setor que mais avançou. “É um setor que demanda um crescimento constante, o que permite a abertura de novos empreendimentos”. As demais regiões apresentaram menores elevações no período: Sul (9,5%), Nordeste (3,8%) e Sudeste (5,4%).

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