O ministro da Justiça, Torquato Jardim, garantiu a permanência do delegado Leandro Daiello à frente da Polícia Federal. Jardim fez o pronunciamento no início da tarde deste sábado (24), após reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontar indícios de que o ministro estaria prestes a trocar o comando da PF.
A declaração de Jardim foi enxuta. O repórter do SBT Daniel Adjuto relatou em rede social que o ministro falou por apenas quatro minutos, e saiu da sala sem responder a nenhuma pergunta.
Jardim criticou o que chamou de "especulações" sobre o trabalho da PF, segundo informações do portal G1:
Especulações não constroem em nada projetos institucionais da PF de se aperfeiçoar em tecnologia, inteligência, para que o Brasil esteja inserido no combate dos crimes transnacionais.
Daiello é uma espécie de fiador da Lava Jato dentro da polícia. O ministro Jardim teria anunciado a intenção de afastá-lo do cargo a sindicalistas, em uma reunião ocorrida na última quinta-feira (22), apontou a reportagem da Folha.
O ministro também teria falado em reduzir o tamanho da PF, passando para outros órgão os funcionários que não tem relação com a atividade policial, como a emissão de passaportes e o controle de estrangeiros.
Nomes fortes dentro do governo estariam pressionando para afastar Leandro Daiello. Entre eles o ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e o general Sérgio Etchegoyen, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), que foi responsável pela indicação do próprio Jardim ao ministério da Justiça.
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