| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sem maiores explicações, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerou 21 dos 27 superintendentes regionais do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), nesta quinta-feira (28). As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União, que não informou quem serão os substitutos.

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Apenas os superintendentes nos estados do Pará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul foram mantidos. Grande parte dos superintendentes exonerados trabalhava nas regiões Norte e Nordeste. Três deles no Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal).

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O Ministério do Meio Ambiente não respondeu sobre os motivos da exoneração até o fechamento da reportagem. A mudança nos comandos regionais pode ter relação com um decreto em elaboração do ministério ao qual a Folha de São Paulo teve acesso que tira poderes dos fiscais do Ibama.

A ideia é criar um “núcleo de conciliação ambiental” com poderes para analisar, mudar o valor e até anular cada multa aplicada pelo Ibama por crimes ambientais. Para passar a valer, o decreto precisa ser efetivamente publicado no Diário Oficial da União – o que ainda não ocorreu.

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Além disso, prevê a extinção de uma das modalidades de conversão de multas – um sistema que hoje permite a participação de entidades públicas e organizações não governamentais em projetos de recuperação ambiental.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) é crítico contumaz da ação fiscalizatória do Ibama. Em diversas oportunidades, durante a campanha e após ser eleito, o presidente afirmou que iria extinguir uma suposta  “indústria das multas ambientais”. Logo após ser escolhido para o cargo de ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles afirmou existir “uma proliferação das multas” e que muitas delas seriam aplicadas por caráter ideológico.

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