O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro. O decreto com o desligamento do ministro foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), com data da véspera. Mas, segundo o governo, a exoneração é temporária. Segundo o próprio Álvaro Antônio e os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, apenas foi exonerado do cargo para tomar posse como deputado federal. Ele retorna ao Ministério do Turismo logo em seguida.
A exoneração causou rumores na manhã desta quarta porque, na segunda-feira, reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que Álvaro Antônio supostamente participou de um esquema de lançamento de candidatas laranjas na eleição de 2018 com o objetivo de desviar recursos eleitorais do Fundo Partidário e beneficiar empresas relacionadas ao seu gabinete na Câmara dos Deputados – o que ele nega.
LEIA TAMBÉM: Pacote anticrime de Moro enfrenta resistência de ministros do STF
O decreto de exoneração não traz justificativas para a medida. Mas, após a notícia ter se tornado pública, Alvaro Antonio, em entrevista à repórter da rádio CBN Basília Rodrigues, afirmou que a medida foi tomada só para que ele possa tomar posse na Câmara e que depois ele reassume o ministério. A mesma informação foi confirmada pelos ministros Onyx e Gustavo Bebianno em entrevista à coluna BR18, do jornal O Estado S.Paulo. Pelo Twitter ele declarou:
Em tempos de fake news, importante avisar: hoje tomo posse na Câmara dos Deputados e amanhã [quinta] retorno as atividades frente ao Ministério do Turismo
Álvaro Antônio foi reeleito deputado federal pelo PSL de Minas Gerais no ano passado, com a maior votação do estado: 230 mil votos. No dia 1.º de fevereiro, Bolsonaro exonerou temporariamente três ministros que se elegeram para a Câmara para que votassem na eleição à presidência da Casa: Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil, Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura, e Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania. Imediatamente após a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Câmara, os ministros foram reconduzidos a seus cargos. O ministro do Turismo, no entanto, não tomou posse na sexta porque estava se recuperando de uma cirurgia.
SAIBA MAIS: CSI Brasil: os planos de Moro para solucionar crimes através do DNA
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode
Deixe sua opinião