| Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pediu demissão nesta sexta-feira (8), um dia antes da convenção nacional do PSDB. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) deve assumir o lugar dele, cuidando da articulação política com o Congresso num momento em que o governo tenta votar a reforma da Previdência na Câmara.

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Em carta de três páginas enviada ao presidente Michel Temer, Imbassahy disse que foi um grande desafio atuar na função em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, “em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais”.

“Agora precisamos novamente do apoio do Congresso para avançar com a reforma da Previdência, garantindo sustentabilidade ao sistema em benefício das próximas gerações”, escreveu o ex-ministro, que reassumirá seu mandato de deputado federal.

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Na carta, Imbassahy não menciona o racha do PSDB, que neste sábado (9) elege o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência do partido. Até agora, os tucanos estão divididos e a maioria não avaliza as mudanças propostas por Temer para a aposentadoria.

Ao dizer que “novas circunstâncias se impõem no horizonte”, o ex-ministro afirma que o PSDB “decidiu apoiar o governo sem contrapartida alguma, além de um compromisso programático”.

Na prática, a saída de Imbassahy da equipe dilui o impacto político da convenção do PSDB, que será realizada em Brasília. “Esse questão do desembarque é página virada”, disse o líder da bancada do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP).

Com isso, restam apenas dois ministros tucanos ainda no governo. O titular das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanecerá no posto. Já a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, deverá deixar o cargo nos próximos dias. A saída de Imbassahy já era assunto no Planalto desde novembro, após a saída do também tucano Bruno Araújo do Ministério das Cidades.

A carta de Imbassahy

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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A carta de Temer

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