O juiz federal Sergio Moro condenou nesta quinta-feira (6) pela segunda vez o ex-deputado federal André Vargas (PT) na Lava Jato. Desta vez, o ex-parlamentar foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão e pagamento de multa no valor de R$ 492,5 mil por lavagem de dinheiro. O irmão dele, Leon Vargas, também foi condenado no processo, a três anos em regime aberto, mas a pena foi substituída por prestação de serviços comunitários e multa de R$ 15,7 mil.
A sentença é referente a lavagem de dinheiro através da compra de um imóvel em Londrina. Segundo o MPF, o imóvel foi adquirido com recursos criminosos, por valor inferior ao preço real. Os procuradores afirmam que foram ocultados R$ 980 mil na transação. A mulher de André Vargas, Eidilaira Gomes, também havia sido denunciada pelo MPF, mas foi absolvida por Moro por falta de provas.
Essa é a segunda condenação de André Vargas na Lava Jato. Ele já foi condenado por Moro em 2015 a 14 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Vargas foi condenado por ter recebido ao menos R$ 1,1 milhão de um esquema de repasse de dinheiro realizado pela agência de publicidade Borghi/Lowe, detentora de contratos com Ministério da Saúde e pela Caixa Econômica Federal.
O ex-deputado era vice-presidente da Câmara dos Deputados em 2014, mas acabou cassado no final do ano por quebra de decoro parlamentar depois que seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef veio à tona. Ele foi preso em abril de 2015 e atualmente está detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais. Vargas foi o primeiro político condenado no âmbito da Lava Jato.
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