O juiz federal Sergio Moro condenou nesta terça-feira (31) o ex-gerente da área Internacional da Petrobras, Pedro Augusto Xavier Bastos, a 11 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-gerente está preso no Complexo Médico Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba. Xavier foi alvo da 41.ª fase da Lava Jato.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Xavier teria recebido cinco transferências, totalizando US$ 4,8 milhões, entre 2011 e 2013 em contas mantidas no exterior. Moro considerou na sentença que Xavier atuava como cúmplice do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) – hoje preso na Lava Jato – em irregularidades na Diretoria Internacional da Petrobras.
“A divisão de propina em contrato da Petrobras com parlamentar federal é um fato grave e que autoriza juízo de especial reprovação a título de culpabilidade ou de personalidade”, disse o magistrado na sentença.
Moro também determinou o pagamento de R$ 939 mil em multas e a interdição de Xavier para exercer cargo ou função pública. Estabeleceu ainda que ele continue preso enquanto tenta reverter a sentença em segunda instância. Um dos argumentos usados por Moro para manter a prisão foi o fato do dinheiro recebido pelo ex-gerente no exterior não ter sido recuperado durante as investigações.