O juiz federal Sergio Moro condenou nesta segunda-feira (14) o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, o operador Adir Assad, os executivos da OAS Agenor Medeiros e Leo Pinheiro, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e outras oito pessoas em mais um processo da Lava Jato. A ação penal tratava de irregularidades no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, no Rio de Janeiro.
A pena mais alta estabelecida por Moro foi para os executivos da Construbase, Genésio Schiavinato Júnior – 12 anos e oito meses em regime fechado –, e da Construcap, Roberto Capobianco – 12 anos em regime fechado. Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, foi condenado a 9 anos e dez meses de prisão em regime fechado.
Também foram condenados os executivos da OAS, Leo Pinheiro e Agenor Medeiros, a 2 anos e seis meses em regime aberto cada um. Adir Assad foi condenado a 5 anos e 10 meses em regime semi-aberto e Renato Duque, a 2 anos e oito meses, também em regime semiaberto.
Outros seis réus também foram condenados, mas como firmaram acordos de colaboração premiada vão cumprir as penas negociadas com o Ministério Público Federal. São eles os executivos da Schahin, Edison Coutinho e José Schwartz, o executivo da Carioca Engenharia, Ricardo Backheuser e os operadores Rodrigo Morales, Roberto Trombeta e Alexandre Romano. O executivo Erasto Messias da Silva Júnior, da Construcap, foi absolvido por falta de provas.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o consórcio Novo Cenpes teria vencido a licitação depois de pagar propina a executivos da Petrobras. O consórcio era formado pelas empresas OAS, Carioca Engenharia, Construbase, Conbstrucap, CCPS e Schahin. As obras custaram R$ 1 bilhão e o MPF aponta um desvio de 39 milhões para pagamento de propina. Os condenados nesta segunda-feira por Moro foram alvos da Operação Abismo, 31.ª fase da Lava Jato, em julho de 2016.
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